quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Meu bom amigo!


Conheci um Padre. Dentre os tantos padres com os quais convivi, conheci UM PADRE.
Celebrava o Santo Sacrifício com piedade; fazia visita aos doentes e aos sãos, também.
Esse Padre andava com sandálias franciscanas; cantava com a garotada e na Igreja. Ele dava catequese; só ele. Ele decorava a Igreja para as cerimônias de Batismo, Casamento, Crisma, Primeira Eucaristia.
O Padre, que era grande, forte, branquinho, não possuía carro, e percorria todas as ruas do bairro a pé. Conhecia toda a vizinhança. Cuidava dos que não possuiam casas para visitas; o Padre não era daqui, não. Ele era cidadão do Infinito.
Ele nunca quis ser Padre. Achava que não tinha vocação.
Aprendeu que vocação não se tem; é chamado. É dada por Deus.
E ele foi. Seguiu. A Cruz na frente, o mundo atrás.
Entendeu o chamado do Pai, mesmo sem nunca ter sonhado com isso.
Esse Padre habita a morada dos Santos, hoje. E seu coração permanece em meu coração, sempre. Porque o ministério dele foi a semente para tantas bênçãos nesse lugar.
Tenho saudades dele. Mas a semente precisa cair na terra, e visitar profundo a habitação escura, para que germine, e traga vida.
Dentre os tantos padres com os quais convivi, amei esse Padre.

Oremos por aqueles que ouvem o chamado; oremos por aqueles que não ouvem.
Oremos pelos que querem e pelos que não querem, para que Deus Nosso Senhor alimente os corações.

"São muitos os convidados; quase ninguém tem tempo"*



Padre Zezinho - Vocação.

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