quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Menina de Deus




"Un jardín cercado es mi hermana, mi novia, huerto cerrado y manantial bien guardado." - Cantar 4, 12.
"Você roubou meu coração, minha irmã, noiva minha, você roubou meu coração com um só de seus olhares, uma volta dos colares". Can 4,9

Sou objeto do Senhor.
Numa sociedade tão marcada pelos "Direitos Humanos", pelas quebras de preconceitos, pelos supostos valores, soprar essa frase pode causar um hostil terremoto.
Entretanto, afirmar que sou objeto da vontade de Deus concede-me imensa liberdade e infinita certeza de que livre eu sou.
Sou o jardim de Deus. Fechado, que Ele mesmo cuidou, plantou, regou. E vai abrir no tempo em que Ele quiser.
Sou o brinquedo do Menino Deus que é usado quando e como Ele quiser.
Confesso que não é fácil; muitas vezes espero ser usada sempre e em toda situação, e meu Senhor tira-me de cena.
Mas diante de minha vida, e das situações que tenho vivido, venho aprendendo o céu.
E hoje, entendo o que sou. E quero.
Sou o jardim fechado do Pai. O Amado tem-me olhado com especial predileção, e ainda que eu não veja, que eu não sinta, meu coração sabe e se alegra nesta realidade.
No capítulo que inicia esta postagem, há uma profunda descrição da esposa, cujos atributos são regados de inocente sensualidade. Há no amigo um desejo de cuidado; um querer guardar, mas, ao mesmo tempo, ostentar a amada.
Acredito que Deus dá a direção que eu tenho pedido, a certeza de minh'alma. Esta alma, queridos irmãos, é esponsal!
Como quem busca o encontro com o Amado, o meu coração deseja encontrar o Bem!
O meu desejo por Deus é tamanho, que procura perder-se no infinito misericordioso!
Ao estar diante de tão grande amor, tão sublime mistério, o humano que há em mim, falece na Divindade Poderosa do Criador.
Tudo o que o meu coração canta, hoje, é reflexo dos mistérios do Senhor na minha existência.
Falta tanto, ainda, para que eu alcance os olhos de Deus; falta ainda tanto preparo... e quão supresa fico, quando percebo que Deus não se vale do tempo; Ele é o Tempo. Deus é Senhor. O Chronos e o Kairos são o próprio Deus.
Não se esconde, o meu Deus; não se vale de sua grandeza e vem ao meu encontro: pequena e miserável. Inclina seus ouvidos, e concede-me o colo. Acaricia-me, cuida de mim. Sara as feridas, dá vestes novas, e me chama: Jerusalém! Dá-me jóias, faz festa. Recebe-me de volta. O Jardim do Senhor agora é cidade bem edificada.
É pela fé que sei. É pela fé que dou o meu Sim.
Como numa bela música de Nicodemos Costa, cujas palavras têm-me ensinado durante esta semana:
" Sempre,no sim de cada dia
Em cada melodia,
Te amarei
Pra sempre,na luz do meio dia,
Na noite escura e fria,
Te amarei
Só sei que é para sempre,Senhor
E nada impedirá nosso amor
Pois é fiel,potente,confio plenamente
No teu grande e infinito amor
Ainda que imperfeito,Senhor
Teu braço me apoiando,eu vou
Sou teu eternamente,na dor e alegremente sou teu,meu Senhor
Sou teu eternamente,meu sim é para sempre
Só teu,meu Senhor"*

Para sempre - Nicodemos Costa (Com. Shalom)


Entendo que é no Sim de cada dia. Que é na decisão incorruptível de amar que alcançarei o céu!
É assim que serei a Cidade ladrilhada... ornada!
Paz e Bem a todos.
Orem por mim.
Tenho orado por vocês!
Perdoem-me a infantilidade de minhas linhas...










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