A
última semana da Igreja no Rio de Janeiro foi marcada pela maravilha da Jornada
Mundial da Juventude. O maior evento cristão do planeta, nascido da maravilhosa
mente do Beato João Paulo II, atestou para o mundo que a Igreja Católica
Apostólica Romana não é uma velha decrépita e decadente, mas viva, jovem, cujo
alicerce permanece incólume depois de tantas eras. A mídia acompanhou a visita
do Santo Padre, o Papa Francisco, da forma que pôde e, pior, da forma que sabe.
Constantemente tentou semear o joio e a cizânia levantando polêmicas com
comparações idiotas entre o atual pontífice romano e seu antecessor, hoje bispo
emérito de Roma, Bento XVI.
Não
surpreende a ninguém que isso tenha sido veiculado desse modo. Grassa em nossa
sociedade uma tal hipocrisia e sordidez que fazem corar o diabo. Entretanto, o
foco deste escrito não pretende ser a Jornada, embora fosse muito mais
agradável falar de tal evento. Gostaria de, por meio destas linhas humildes,
mas cheias de zelo pela sã doutrina da Igreja, denunciar e levantar a voz
diante do crime de ofensa religiosa que se deu durante a própria JMJ, cometido
por manifestantes do grupo feminista FEMEN. Com uma ousadia satânica,
participantes do protesto perpetrado pelo grupo (diga-se de passagem, no mesmo
horário da chegada do Santo Padre à praia de Copacabana para o evento principal
da Jornada, a vigília de adoração com os jovens) pegaram imagens de Cristo
Crucificado e da Santíssima Virgem Maria e profanaram-nas das formas mais vis e
sujas que se poderia pensar, além de estilhaçarem no chão algumas das imagens.
Outros manifestantes vestiram-se de modo a caricaturar a figura da Virgem
Santíssima e portavam cartazes com dizeres obscenos, satirizando inclusive
termos bíblicos. E curiosamente nossa mídia não veiculou praticamente nada
acerca do assunto. Curiosamente, as vozes que defendem direitos humanos, ética
e civilidade quando o assunto lhes compete fingiram demência e sequer se ouviu
qualquer engravatado cretino dizer uma virgula acerca da gravidade do ato
cometido.
É certo que
a mídia vendida ao diabo que temos em nossa terra jamais iria se comprometer em
denunciar atos que estão claramente de acordo com sua agenda revolucionária.
Aliás, nós, católicos fiéis ao Santo Padre e aos mandamentos da Igreja, não
poderíamos esperar mesmo algo bom vindo da mídia. Contudo, o ato praticado por
tais manifestantes transpõe os muros da questão religiosa e devocional e,
desgraçadamente, se espalha por campos políticos, jurídicos e éticos, campos
onde, pelo que se vê, a Igreja e o cidadão civil cristão católico não tem o
menor respaldo do seu governo. Repito: é claro que tal atitude não é novidade
para nós, cristãos, que, ao longo das eras, fomos acostumados a sermos jogados
às feras, apedrejados, incinerados, açoitados e submetidos a tantas outras
formas de martírio. Mas a questão aqui é que a mídia e a sociedade estão de tal
modo submetidas à agenda do marxismo cultural, comprometido com a destruição de
valores humanos que construíram e formaram as bases da sociedade como a
conhecemos, que não se pode deixar passar tal situação sem que nós, católicos,
nos posicionemos na frente do combate contra este movimento satânico que se
insurgem contra a dignidade humana e da fé popular.
Acredito
ser necessário que nos perguntemos, não somente como católicos de missa, mas
como católicos integrantes da sociedade civil, que tipo de diferença nosso
cristianismo faz. Ser fermento na massa, ser sal da terra, como nos disse nosso
Senhor Jesus Cristo, significa imprimir o sabor da nossa fé ao cotidiano. Ora,
não se trata aqui de poesia e uma espécie de “fru-fru” espiritual, de uma
alienação do que se vive mas, muito ao contrário, trata-se de derramar a vida
nos meios sociais, no modus vivendi
cotidiano para que o Evangelho de fato se insira em todas as esferas da
sociedade e o homem novo, ressuscitado a partir da profundidade da fé da
Igreja, construa sua vida alicerçada na verdade do Evangelho.
Voltando ao
fato dos vilipêndios cometidos contra a fé católica, e seria imbecil crer que a
manifestação do grupo FEMEN seja um fato isolado, como querem fazer crer os noticiários
que, de modo irrisório, veicularam algo sobre o acontecido. Ademais, se por um
lado há esse desserviço à dignidade da fé professada por milhares de cidadãos
contribuintes dos extorsivos impostos que a caterva engravatada faz pesar sobre
os nossos ombros, por outro é claríssimo o compromisso e objetivo de denegrir a
fé católica a partir do seu âmago não somente social, mas doutrinal e político.
Pode-se notar essa atitude a partir da estupidez estampada nas manchetes dos
jornais que circularam menos de 24 horas após a partida do Santo Padre
Francisco de volta ao Vaticano. Determinado jornal de circulação nacional
ligado a uma das redes de televisão mais pervertedoras da sociedade (dispensa-se
dizer o nome de tais veículos de informação) trouxe aos olhos da sociedade a
pérfida manchete que declarava que a Igreja, por meio do Papa Francisco,
resolveu modernizar sua doutrina e muda sua opinião acerca da homossexualidade.
Atente-se para o detalhe de que a declaração do Santo Padre foi conforme a
doutrina de sempre da Igreja. Entretanto, retirada do contexto da entrevista
concedida pelo Santo Padre a determinado programa da mesma maldita rede
televisiva, e distorcida de acordo com a utilidade da revolução que se pretende
empreender na sociedade, tal frase se torna não somente uma mentira demoníaca
com o intuito de: 1) enfraquecer a imagem da Igreja Católica perante os fiéis
católicos desinformados; 2) incutir a confusão doutrinal e impor a ditadura do
relativismo ao conteúdo da fé católica.
Nota-se
nisso tudo o constructo que toda a mídia secularizada faz para que se destrua a
fé católica em seu cerne. É leviano de nossa parte acreditar que a sociedade e
o governo sejam somente laicos, como tanto se propala hoje em dia. A laicidade
de um Estado não se propõe ao ataque à fé, mas à não ingerência e intromissão
do Estado nos atos e liturgias da Igreja e, principalmente, no exercício de
propagação da fé e da verdade evangélicas. Não faz muito tempo que um conhecido
pastor evangélico foi atacado tão somente por colocar em um outdoor os
versículos bíblicos do livro de Deuteronômio que condenam a PRÁTICA
HOMOSSEXUAL, e não à pessoa daqueles que são homossexuais. Do mesmo modo, um
conhecido sacerdote católico foi processado pelo Estado da Bahia por escrever
um livro em que colocava todas as razoes de diferenças da fé católica em
relação ao espiritismo do candomblé. Ora, o que se vê é que TODOS os segmentos
sociais podem se manifestar e expressar sua opinião e modo de conduta. Pode-se
dizer que se é a favor do aborto, a favor da prática homossexual, a favor da
união homoafetiva. Todas essas situações configuram, aos olhos da filosofia
relativista, uma louvável liberdade de expressão e autonomia de conduta. Quando,
porém, é a Igreja quem manifesta sua doutrina e sua fé, somos tachados de
intolerantes, radicais e fundamentalistas.
Pois bem, é
hora de nos colocarmos em frente de batalha. É hora de levantarmos a voz e
manifestarmos que a Verdade de Cristo não está sujeita a mudanças, adaptações,
conveniências. E não somente isso, mas é hora de que os verdadeiros católicos,
construtores de uma sociedade embasada em valores humanos valorizados por
homens de todos os credos, saiam de suas paróquias e grupos de oração e lancem
este sal e fermento sobre o mundo e sobre a sociedade, enfrentem a sanha
assassina de Satanás oculta por trás de todos esses ataques à dignidade humana.
Oremos e
lutemos, católicos! Joelhos no chão e espadas na mão, pois é tempo de deixar
que a fé guie nossos atos e atitudes, em nome da honra dos valores cristãos, da
família, da Igreja!
Rogai por
nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Roberto Amorim
Roberto Amorim é escritor e administra o blog http://imortaljuventude.com.br/
Um comentário:
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