Começar um novo tempo é sempre doloroso; ou porque o tempo de outrora ainda lateja em nós, ou simplesmente porque não há um tempo pelo qual se deva chorar.
Começar a ser algo de agora, causa, antes da mudança desejada, uma bagunça pré-montada. Tem-se a impressão de que o que era velho não mudou com o novo. E o novo que vem não apaga o que de velho o coração encontrou. Existe uma confusão no coração e na cabeça. Os dois, por vezes tão antagônicos, resolvem unir-se numa psicodelia de enredos, possibilidades, medos....
A sinestesia que encontra o coração é a mesma que o derruba.
E viva o coração racional; ou cérebro impulsivo e as vidas enganadas há milênios.... na doce ilusão de que cabeça e coração caminham separados!
Começar tudo outra vez é sinal de bagunça! O que era não agradou; ou já agradou o suficiente!
