sábado, 11 de abril de 2009

Silêncio e Espera


“Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.”



Em todos esses anos participando, vivendo a Santa Semana pude conciliar meu coração.

Hoje, aceito prontamente este silêncio de espera. Silencio e espero.

Tiraram-me o meu Senhor; mataram o meu Senhor!

Seputamos meu Senhor, meu Rabôni, e estou a esperar... a guardar para que nenhum homem o leve! É o Meu amado, belíssimo esposo de minha alma.

Diante de um túmulo inanimado, de pessoas que passam e não entendem minha espera, eu espero.

Esperando uma voz, forte... e voz de Pai a chamar meu nome!

É a espera coroada com esperança que me permite ficar!

Sentada diante do sepulcro!

Espero até vê-lo vazio!


O texto acima faz parte da Liturgia das Horas do Sábado Santo!

No dia de hoje, na espera, a Igreja não ministra nenhum sacramento, exceto o Viático e a Unção dos Enfermos; no entanto, Mãe, a Igreja nos dá o Sagrado Silêncio! Esperamos o Senhor! Oh, Alegria!!!


Deus nos ajude a ficar!


Paz e Bem.

domingo, 5 de abril de 2009

Santo é o Seu Nome!


Hosana ao Filho de Davi!

Hoje é a Santa Missa de Ramos.
Estou aguardando o horário de ir.
Mas algumas pessoas já foram, e chegaram, e me contam o que aconteceu.
É uma das Celebrações mais bonitas desse tempo; é Jesus com sua entrada triunfal na cidade onde seria humilhado, despojado do que tinha, entregue às mãos dos assassinos, para, mais uma vez e de uma vez por todas, sair vitorioso!
É o triunfo sobre a morte!
Antes do fim, um Jesus que traz a vida!
São pessoas gritando ao Filho de Davi, ao Rei!
São pessoas que sabem quem é o Senhor! E outras que gritam por quererem saber; são pessoas que querem o Senhor, e pessoas que não querem, não sabem quem é, mas precisam.

A Santa Missa de Ramos tem a importância da preparação! Inicia-se a Santa Semana, e uma via dolorosa põe-se à nossa frente, não para que fujamos, mas para que a sigamos na certeza de que o SALVADOR nos acompanha! Ele nos precede!
Cantar o Hosana é proclamar a missão de Jesus! Cantar o Hosana é olhar a Cristo e reconhecê-lo Rei dos reis.
Cantar o Hosana é unir nossa voz à voz dos santos todos que já passaram pela terra, e cantaram a santidade de Jesus, e hoje cantam no Céu!

Cantemos o Hosana!
O Cordeiro que entra para a imolação!

Amemos o Senhor!