segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O que eu tenho








O mundo em crise... acho que o que se tem será perdido se não cuidado. O mundo em crise... e sei que não vou perder nada! Não tenho ações na Bolsa... uma conta bancária "gorducha"... não, senhor. Não tenho dinheiro... O que eu tenho? Eu tenho pessoas que me amam e que são amadas por mim até à última essência do que existir de mim! Eu tenho uma família como as outras... com problemas, com medos, com brigas.... mas nunca com ausências! Tenho comigo os presentes de Deus! Então, não há crise que os derrube. Sou grata por ter o que sou! Num mundo onde se é o que se tem, meu contrário vem me provar que só se pode contrariar com o grande "confundidor" ao nosso lado! Então, contra todo o medo, contra toda a insegurança em época de crise: eu tenho, mas tenho o que sou! Só o que sou me permitiria ter tamanha graça como são os que participam de minha vida, de minha história: my gifts! É.... eu tenho o que sou porque sou o que eu tenho!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Vivendo de mim


Tem muito tempo que condiciono minhas ações em sentimentos alheios, e meu coração começa a reclamar cuidado.
Penso em como as pessoas são felizes independente de mim, e meu coração sofre "calado, apertado assim".
Cada sentimento que guardo em mim, minha Pandora não sabe libertar; guarda e abraça, e cuida e salva! Todo o meu coração é todo sentimento.
Cuidar das pessoas e delas... é tê-las! Mas tê-las não é prendê-las e possuí-las para sempre.
Há uma Terra do Nunca para todos nós, e essa terra está guardada em nossos corações.
Tem muito tempo que condiciono minhas dores em sofrimentos alheios, e meu coração agora requer medicação.
A paixão em comunhão faz de nós imitadores do grande Amador! E na espera de um dia sermos amados, passamos a vida amando! Somos imitadores, de fato. Tão completamente... que a dor que de fato nos incomoda, passa-se por alegoria, por coisa de moda.
Tenho repensado minhas atitudes, minhas dores....E penso no corte do cordão.
E penso na tesoura que executará o parto; sou, então, assaltada por grande emoção, mas assim mesmo, um medo! Medo que me apavora, mas que me mantém longe.
Penso então, num momento que acabe com o medo! Quero voltar ao momento que antecede o nascimento...
Eu sou toda sentimento; e sendo sentimento, capto com mais facilidade o que o outro esquece de transmitir; sou toda sentimento: e meu coração clama por isso.
O corpo, no entanto, tem sentido a proximidade da dor; e a cabeça vem anunciando o que o coração vem chorando: vem chegando a solidão! Ela já existia. Mas o coração, sábio e preocupado com as reações, revestia de amenidades essa verdade; e o que deveria revelar o só, apresentava-se múltiplo.
Vem chegando a solidão: a solidão do outro, o cansaço do outro, o medo do outro! E Deus, que é tudo em todos, Verdade e Caminho, Vida em mim, me abraça.
Me entende com "nãos" e "sim"; me promove no amor e na graça. Mas mesmo assim, não me tira a realidade! Consagra-me no amor e na dor; e vive em mim!
Eu vou vivendo, na alegria de encontrar o outro, que me é caro; na loucurar de encontrar o que se perdeu antes de todo o sentimento e verdade; eu vou vivendo nessa malucodoidera de amar, e esquecer de pegar o troco; vou vivendo nesse mundo maravilhindo de amar, querer, entregar, estar... e não ter pra onde voltar! Vou vivendo o que fui chamada para viver: o tudo e o nada! Vou vivendo e Cristo! E Cristo vai vivendo em mim!