Por Thiago Cortês
“É preciso dar um passo atrás para, depois, dar dois passos
à frente” – Lênin
Algumas mentes incautas comemoram o fato de que o termo
“homofobia” foi retirado do famigerado Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que
deve ser votado na quarta-feira, 20. O fascismo LGBT deu um passo atrás
estratégico, mas nunca deixou de caminhar.
O senador petista Paulo Paim entregou seu substitutivo ao
PLC 122 que, segundo ele, reflete “todos os segmentos”. O petista também está
trombeteando aos quatro ventos que o seu texto “não entra na polêmica” da
definição de homofobia.
Paulo Paim frisou que seu substitutivo abrange o combate “a
todo tipo de preconceito”. É uma manobra retórica para desarmar os adversários
do PLC 122. Se o projeto é contra “todo tipo de preconceito”, logo, quem se
opõe a ele só pode ser preconceituoso.
É por isso que há boas chances de o projeto ser aprovado.
Excetuando-se raras e honrosas exceções, a classe política é formada por almas
impressionáveis. Pouca gente no Congresso é forte suficiente para enfrentar o
rótulo de preconceituoso - no lugar de homofóbico.
O perigo é enorme, pois se o termo “homofobia” foi retirado
do texto, o espírito do projeto de lei permanece o mesmo, voltado à
criminalização do pensamento, das ideias e mesmo dos valores que destoam das
teses execráveis defendidas com furor pelo poderoso lobby LBT.
O PLC 122 não se resume a proteger homossexuais de atos de
violência. Até mesmo porque isso a legislação já garante. O que ele faz é
avançar sobre a moralidade e a cultura para, com a desculpa de combater a
homofobia, cooptar as instituições em favor do lobby LGBT.
Basta lembrar o que diz, no texto original, o quinto parágrafo
do artigo 16º: “O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de
ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral,
ética, filosófica ou psicológica.”
A finalidade primária
do referido PLC – que permanece, ainda que camuflada – é a de garantir
punição legal, processos judiciais e perseguição estatal a todos aqueles que
manifestarem ideias contrárias à visão unidimensional que a militância gay
tenta impor à sociedade.
Nem sequer censura moral contra o homossexualismo é
admitida. Ninguém poderá afirmar, publicamente, com segurança antes garantida
pela Constituição de não sofrer represálias legais, que entende que o ato
homossexual é moralmente errado.
O lobby LGBT quer manter cativo o pensamento, inviabilizar
pela lei a palavra, sequestrar a linguagem e usar tudo isso contra o cidadão
comum, que viverá sob a sombra da punição legal, dos processos judiciais que as
militâncias organizadas sabem promover tão bem!
Mas agora os fascistas estão usando toda sorte de disfarces
e subterfúgios para conduzir o processo de maneira mais tranquila. A
embaixatriz do lobby LGBT, Marta Suplicy, orquestrou outra manobra para
obscurecer as reais dimensões do reformado PLC 122.
Suplicy pleiteou a inclusão de um artigo que esclarece que o
PLC “não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente de atos de
fé,fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso VI do
art. 5º da Constituição Federal.”
O pastor Silas Malafaia, teoricamente, estaria à salvo da
inquisição LGBT. Mas o e psicólogo Silas Malafaia? O pastor R.R. Soares,
teoricamente, seria livre para expressar suas repreensões morais ao
homossexualismo. Mas e o apresentador R.R. Soares, aquele que aparece na TV?
São muitos os truques contidos na nova versão “mais
tragável” do PLC 122. E isso torna o projeto ainda mais perigoso, malicioso,
danoso para liberdade de expressão e de crença, pois foi reescrito para enganar
os enganáveis. O destino dele ainda deve ser a lata do lixo.
*Arte de Murilo Esteves Frizanco