terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mais um filho da Mãe Gentil...

Como as pessos que me conhecem sabem, sou apaixonada por Poesia... e a poesia com certeza é apaixonada por mim...porque sou poesia e fruto dela...

Em uma de minhas muitas pesquisas sobre Literatura Comparada, um dos temas para meu projeto de Ingresso no Mestrado, encontrei um site sobre um dos meus gauchos preferidos: Mario Quintana!

Que bom poder ler o que tão bem escreveu... que bom poder ler versos seus e confundir com sentimentos meus.... quisera eu tê-los feito! Quisera eu poder tecê-los no interior do que de mim hoje é só saudade!!!!

Mas esse tópico é para dar a vocês o endereço desse site tão simpático... que comemora o Centenário de Mario Quintana!

Aproveitem... conheçam um pouco mais do autor. Ele é ainda.... afinal, "foi-nos prometida a Eternidade".

Mario por ele mesmo

Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.


Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.


Está no site.... mas quis deixar aqui, também... sou Quintaneira... :)

http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana/


Paz e Bem!

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