quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mulher acompanhada!

Acabo de ler a frase num post aqui: "Nem santa nem vadia, mulher!" Como assim? Quer dizer que por sermos "mulher", estamos livres de qualquer denominação? Sinto muito, mas mulher é um substantivo (e não vou entrar no mérito gramatical mais puro; só o que se pode ser compreendido, ok?), e como todo substantivo, é passível de qualificadores e determinantes! A mulher pode ser santa ou vadia, sim. O que traz um ou outro qualificador depende dos verbos conjugados pelo sujeito, enquanto ainda é sujeito! A mulher pode ser, também, tolhida de seu lugar de origem, e pode passar a complementar a transitividade de algum sujeito mal intencionado. Pena! De sujeito, com tudo certo e os qualificadores dignos, passa a ocupar apenas uma lacuna de necessidade. A mulher pode ser santa ou vadia. Depende de inúmeros fatores. Não falo de falso moralismo, mas de que esse relativismo absurdo e idiota está nos idiotizando! Nossas atitudes nos fazem conhecidas, sim, e sair por aí gritando: "Nem santa, nem vadia" não nos torna imunes de estarmos fazendo o que machuca alguém, denigre alguém e o pior: machuca a nós mesmas! Sou mulher, e AINDA não sou santa! Que medo é esse de santidade? O que é que nos afasta tanto dela? A mulher que mais admiro, amo e respeito é SANTA! A Virgem! E as mulheres com medo do que é a Virgem! Não quero ser vadia. Mas também não quero ser mulher sozinha! Então, quero um qualificador à minha altura! Sou mulher bonita, inteligente, carinhosa, irmã, filha, amiga, professora, em busca de santidade.... Quero um qualificador! Ser substantivo só não é o que quero nem é, de longe, o que mereço. Substantivo só é palavra. Só palavra. Substantivo qualificado, tornado sujeito, precisa de amigos, de qualificadores! Sou assim! Sozinha, não. Só mulher, não! É simplismo inapropriado para um ser que gesta outro! Sou mulher com todos os adjetivos dignos possíveis! Só mulher não sou, nem quero ser!

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