sábado, 13 de fevereiro de 2010

Caminhando nas pegadas da volta

Terri Gurrola volta para casa e abraça sua filha de três anos de idade, Gabrielle. Terri serviu no Iraque por sete meses.




Há algum tempo já não apareço por aqui; durante um tempo, precisei de mim para seu eu mesma.
Nesse tempo, contemplei em mim dores e alegrias de um tempo que foi, e que, incrivelmente paradoxo, volta constantemente; pude fazer uma releitura do que serei.
Deixei conviver em mim as paixões, os medos, os anseios; gestei sonhos já nascidos, mas também, sonhos que ainda não foram gerados. Foi um tempo conturbado, bonito, calmo, escuro. Isso mesmo! Foi um tempo-sincronia-paradoxo! Meu tempo!
E hoje, com tudo o que vivi, entendo que ainda tenho muito a partilhar, e que tudo em mim é sonho e fantasia, embora permeados em realidade perturbadoramente tangível.
Há, hoje, novidades em mim que já foram relíquias; e meus tesoruros raros de hoje conquistaram a contemporaneidade de alguns.
Estou feliz com a volta, que, embora ainda não seja definitiva, é um ponto de paz, é uma inquietude tranquilizadora de um tempo que é só meu; tempo este que dedico aos que me dão tempo, aos que me chamam tempo. Eu tive muitas mudanças, mas ainda sou a mesma que ama sem condições, e ama na ausência de amor, porque o ausente em mim pode ser real no outro.
É com alegria que volto! Ainda em pedaços, mas fragmentos que me constituem como ser inacabado esperando, a todo momento, partículas dos que passarem por mim, para que, a cada dia, o Senhor das esculturas me molde de acordo com a vontade dele e a necessidade dos que vivem em mim!

Ótimo dia!
Santo dia!

Paz e Bem!

Com carinho, em pedaços, em orações de um coração inacabado, e por isso mesmo, completo: Deinha Medrado


Figura retirada do site: silveiraneto.net/2007/09/21/de-volta-pra-casa/

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